Primeira vez no Rio: Deu tudo errado, deu tudo certo!

Perrengues de viagens sempre são as melhores lembranças! Mesmo com tudo planejado, passagens compradas e roteiro pronto, estamos sujeitos a qualquer imprevisto. Com o Eneo, fundador do blog Inspi, não foi diferente. Mas ele foi esperto, fez do limão uma limonada, olha que legal…

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Sempre tive curiosidade de conhecer o Rio de Janeiro. Tinha essa ideia na cabeça desde a adolescência, mas nunca tinha parado para planejar e ir. Moro em Curitiba e, apesar da distância não ser tão grande, as diferenças climáticas, culturais e geográficas são muitas, e isso sempre me chamou a atenção.

Quando terminei a faculdade, em 2012, sai levando boas amizades que mantive durante o curso, entre elas, a Gisele, que logo após se formar, mudou-se para o Rio, com o intuito de fazer uma especialização e passar um tempo em outra cidade.

Um dia, já em 2013, estávamos conversando por Facebook, e a Gisele convidou a mim e ao Eduardo, que também era nosso colega de faculdade, para passarmos um final de semana ou um feriado na casa dela, no Rio.

Escolhemos uma data, fiquei todo animado, pedi uma semana de férias no trabalho e combinamos. Comprei minha passagem por R$ 400, ida e volta, e mandei o mesmo link para o Eduardo comprar também, porém, ele recebeu a notícia de que precisaria trabalhar naquele final de semana. Como eu já tinha comprado a passagem, resolvi que iria assim mesmo.

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O problema é que, na hora da escolha da data, não nos atentamos a um fato: Era mês de julho, e no mesmo dia em que marquei viagem, o Papa chegava ao Brasil para a Jornada Mundial da Juventude. A Gisele morava em Copacabana, e a prefeitura anunciou que iria fechar o acesso de veículos ao bairro durante a visita do Papa Francisco. Como não haveria condições para o acesso ao bairro e devido ao alto fluxo de pessoas que estariam por lá, ela me disse que ia passar o final de semana em Curitiba, na casa dos pais.

Aí azedou o leite. Tentei transferir a data da passagem, ou cancelar, mas ambas as práticas me trariam um bom prejuízo financeiro para a época. Uma amiga de trabalho me lembrou sobre os hosteis, então comecei a pesquisar, mas não achava mais vaga em nenhum, até que consegui uma vaga em um hostel que ficava no bairro da Lapa, o Lapa Hostel, porém, haveria vagas apenas no maior quarto, que tinha lugar para 20 pessoas. O preço da diária estava em R$ 60, por conta da alta procura para o evento. Como nunca fui de frescura, meti a cara e embarquei.

Chegando no dia da tal viagem, eu fui ao aeroporto, meu voo sairia as 9h, mas saiu só as 14h por conta de atrasos que são comuns, infelizmente. Quando cheguei no Rio, por volta das 15h30, desci no Aeroporto do Galeão. Estava tudo lotado, uma confusão, gringos para todos os lados, muita gente vindo para a JMJ e eu lá, sozinho em uma cidade onde eu não conhecia ninguém, com pouco dinheiro (pois não tinha me planejado antes) e bastante curioso.

Peguei um táxi e fui até a Lapa, onde deixei minhas bagagens no armário, me informei sobre um restaurante e fui almoçar. Estava completamente perdido e sem rumo no meio da boemia carioca, passei por alguns bares, tomei umas cervejas, conversei com alguns garçons e quando a noite se aproximava, voltei ao hostel. Conheci uma garota argentina que morava no hostel, trabalhando lá durante o dia e dando aulas de tango durante a noite. Ela me convidou para ir a uma aula em uma escola próxima. Nunca fui um grande bailarino, mas estava lá sem fazer nada, sem conhecer ninguém, resolvi ir. Foi muito divertido, uma experiência diferente e curiosa.

Voltamos para o hostel e fui conhecendo outros hóspedes de vários lugares: São Paulo, Ceará, Minas Gerais, um rapaz que também era de Curitiba e até um suíço que estava por lá (e aprendeu a falar português para vir ao Brasil). A partir daí as coisas melhoraram, me convidaram para ir ao Pão de açúcar já no outro dia pela manhã. Fomos em 6: Eu, três amigas de São Paulo, uma garota de Minas Gerais e o meu conterrâneo. Foi um dia divertidíssimo, fizemos a trilha do morro da Urca, conhecemos a Urca, o Pão de Açúcar e a Praia Vermelha. O dia voou!

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Durante a noite, curti uma festinha open bar de caipirinha que o hostel oferecia aos hóspedes e mais tarde fui ao Circo Voador, que ficava próximo ao hostel, no show da banda Forfun. Fui sozinho mesmo, comprei um ingresso lá na frente, entrei e curti até ali pela 1 da manhã.

Amizades feitas, já ficou tudo bem mais fácil, pois eu já tinha um grupo de amigos e amigas que, como eu, estavam ali para desbravar. Nos dias seguintes conheci a Escadaria Selarón, fomos à praia, bebemos chopp a noite, fomos ao Samba Provisório da Lapa (Na Lapa deve rolar um samba por metro quadrado), bebemos mais cerveja, curtimos na boemia até tarde e fomos assistir a um filme no famoso Cine Odeon, na Cinelândia. Infelizmente, na ocasião, não conseguimos curtir as praias da Zona Sul, nem ir ao Cristo Redentor, por conta do volume gigantesco de pessoas que visitavam o local.

Na segunda-feira pela manhã, fui embora levando muitas lembranças incríveis. Foram 4 dias de muitas novas amizades, festas e alegria.

A viagem foi totalmente diferente do planejado. Viajei sozinho e isso foi assustador, até se tornar fantástico. Por isso, digo e faço, não suponho: Todo mundo deveria viajar sozinho uma vez na vida. Todo mundo deveria se hospedar em um hostel uma vez na vida.

Obs: Gastei menos de R$ 1.000 para fazer essa viagem, pagando preços mais altos por conta do evento que estava acontecendo na cidade. É possível fazer essa mesma viagem gastando bem menos, como fiz novamente depois, mas isso fica para um outro dia.

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Até a próxima!

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