Estou aqui escrevendo esse post com a adrenalina ainda no meu corpo. Eu trabalho junto com meu irmão à 23 quilômetros longe de casa, em uma outra cidade. Ele me desafiou a sair do trabalho e voltar a pé. O Google Maps já tinha nos avisado que seriam 6 horas de muita caminhada e eu topei!
Eu faço esse trajeto todos os dias de carro e levo de 33 a 38 minutos, dependendo do dia. Sei certinho os minutos que eu levo para chegar em cada local. Saímos as 17:30 do trabalho, colocamos roupa de caminhada, tênis confortável e passamos muito protetor.
O sol estava escaldante, nos primeiros 40 minutos eu derreti como nunca. De repente ficou nublado e ficamos extramente felizes com isso. Aí começou um vento forte e vimos o céu ficando escuro. Pronto, pensamos que era o fim. Depois de mais uma hora caminhando paramos num posto e esperamos a chuva passar, enquanto isso comemos algo e tomamos Gatorade para repor as energias.
Mais de 15 minutos naquele posto e nada da chuva parar. Quer saber? Fomos na chuva mesmo! Meu irmão me emprestou o boné dele para não escorrer água nos meus olhos e lá fomos nós. Estava muuuuito frio, era vento com chuva! Deu mais 20 minutos e aquela aguaceira acabou, ufa. Mas a sensação da chuva foi boa, lavou até a alma.
Andamos, andamos, andamos, andamos. Subimos um morro gigante e paramos mais uma vez para esticar as pernas. Dessa vez foram só 10 minutinhos. Saindo do posto avistamos o pôr o sol, pensem na minha felicidade!
Depois daquele posto, já estavamos andando a mais de 2 horas e minhas pernas já estavam em modo automático. O Guto achou que o pé dele estava criando uma bolha por causa da meia molhada, a partir dali ele começou a andar só com um lado do pé. E eu também já estava sentindo dores na perna, dores onde eu nem sabia que existiam.
Andamos mais duas horas, num total de quatro horas. Ainda faltavam mais 6 quilômetros. Pensamos seriamente em ligar para a mãe nos buscar no trevo. Mas o que eram 6 quilômetros pra quem já tinha andado 17? Pensamos bem e não desistimos! Até que avistamos a placa indicando o caminho para Criciúma, ou seja, estávamos muito perto e não era ali iríamos desistir!! E continuamos…
Andar mais uma hora e meia era fichinha! Andamos até mais rápido involuntariamente. Meu Deus que felicidade quando eu vi a Avenida Centenário e depois o Parque das Nações. Eu já nem sentia mais minhas pernas, juro.
23:23 horas -CHEGAMOS!!!
Depois de 6 horas de caminhada, 23km de conversas, de chuva, pôr do sol, lua e muitas risadas! Quem conhece meu irmão sabe o quanto nos damos bem e o quando somos parceiros, foi muito massa! Eu me senti muito guerreira, e nós não tínhamos motivo nenhum a não ser sentir o prazer de dizer “nós conseguimos!”.
Fiz um vídeo para deixar registrado, confere aí 😉
Eu acho engraçado a reação das pessoas quando eu conto essa história. Alguns não entendem, acham loucura, dizem que não tem motivo. Realmente, não tivemos motivo nenhum, era só um desafio mesmo. Testamos nossa resistência, saímos da zona de conforto e testamos nossa persistência também. A adrenalina continuou em mim ao longo da semana e isso foi sensacional!
Planeje sua viagem:
– Planejando os custos da viagem
– 5 dicas para diminuir o peso da mala
– Como aproveitar ao máximo uma viagem curta
– Check list de viagem
Até a próxima! Beijos!