Trekking Laguna 69, Huaraz – Peru

O trekking Laguna 69 tem sido o novo desafio dos viajantes que vão para o Peru em busca de aventuras. Localizado no Parque Nacional de Huascarán, possui um percurso de 12 quilômetros até chegar na altitude de 4600 metros. A recompensa é uma água azul turquesa proporcionada pelo derretimento da Cordilheira Branca.

Após ler um relato da Lily, do blog Apaixonados por Viagens, descobri a agência Inkaland Treks e mandei um email pedindo mais informação. Desde o primeira contato, Deysi e Edita foram muito prestativas e me explicaram tudo. Sugeriram que eu fizesse uma trilha de aclimatação de 5000 metros de altitude, para que meu organismo se acostumasse com a altitude. Então um dia antes da Laguna 69, fiz o Tour Glaciar Pastoruri (confira o post aqui).

Então chegou o grande dia! Nosso guia Walter passou no hostel às cinco da manhã, bem cedinho porque teríamos um caminho de 3 horas pela frente. O percurso era metade asfalto e metade estrada de chão, com uma estrada cheia de curvas. Nesse meio tempo paramos para tomar café e notei vários ônibus lotados indo em direção a Laguna 69.

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Deixa eu explicar uma coisinha: a base da trilha tem 3900 metros de altitude e a Laguna 69 tem 4600 metros de altitude. Precisamos subir 700 metros até o destino final e esse é o motivo de ser um caminho tão puxado!

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A subida..

Minha cabeça já estava preparada psicologicamente para encarar uma subida de 3 a 4 horas, então fui firme e forte. Os primeiros 40 minutos foram em terreno plano até chegar no começo das subidas. Isso mesmo, das subidas (no plural), porque são dois morros que precisam ser explorados até chegar na Laguna 69. O percurso é todo em zig-zag pois os morros são bem íngremes.

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Durante a subida foi beeeeem difícil! O ar faltava, o coração acelerava e eu precisa sentar para dar uma recuperada no corpo. Sempre tomando água para hidratar e comendo algo uma vez ou outra. O guia sempre estava ali dando apoio moral e de olho para ver se estava tudo certo. Deixou claro que tínhamos todo o tempo do mundo, mas sem exageros nas paradas. Depois do primeiro morro, veio outra parte plana. Foi um alívio! Deu para dar uma recuperada e desacelerar o coração. E aí começou a próxima subida (a mais difícil).

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Sabe aquela sensação de “to conseguindo, já estive mais longe”? Era isso que me motivava. Eu sabia que lá era lindo e que valia a pena. Quando ele falou “é ali em cima” minha vontade era de dar um gás para chegar logo, mas não conseguia, faltava o ar hahaha. Até que então…

CHEGUEEEEEIIIIIIIIIII – consegui – sobrevivi!

Que sensação incrível de ver aquele lago azul turquesa! Depois de cinco horas de persistência eu não sabia se ria ou se chorava. Mas eu ri hahaha era felicidade que não cabia em mim! Sentamos em um lugar tranquilo e ficamos ali apreciando aquela paisagem e recuperando o cansaço.

A Laguna 69 estava cheia no dia que eu fui, era um sábado e além de estrangeiros vi várias famílias peruanas por lá. Mas nada que atrapalhasse as fotos. Cada um tinha “seu momento” para fotografar.

A água era muuuito gelada e lá em cima fazia bastante frio. Mesmo assim teve um cara que deu um mergulho. Se ele ficou 5 segundos na água acho que foi muito, deve ter congelado hahaha.

Ficamos lá em cima quase uma hora. Bati várias, várias, várias fotos! Apesar do sol estar intenso durante todo o percurso, lá em cima estava mais fechado com nuvens. Mas quando o sol batia na água, nossa… a água ficava mais azul ainda.

Resumindo… eu não queria mais sair dali!

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A descida

Na descida foi BEM mais tranquilo. Descemos em duas horas e quarenta minutos, naquele modo automático, sabe? Que só vai jogando a perna. Mas tinha horas que era preciso cuidado, pois como é uma descida bem acentuada, precisava cuidar onde pisava. Na finalera minha perna tava doendo, mas acho que a minha felicidade era tanta que eu nem tava mais ligando para dor.

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Informações

Época do ano que eu fui…

Fui em julho e fazia muito calor durante a trilha. O sol estava de queimar, então passei bastante protetor e fiquei de manga curta o tempo todo. Porém, quando cheguei no topo (na Laguna em si) fazia muito vento e muito frio! Tive que usar os dois casacos que levei.

O que achei da altitude…

Mesmo sendo bem mais baixo que a trilha Pastoruri, senti bem mais a altitude na Laguna 69. Mas pode ser porque é um caminho mais longo e mais inclinado. Foi bemmmmmm difícil! depois de 2 horas de trilha eu estava parando a cada dez minutos para descansar. O bom é que do mesmo jeito que você cansa rápido, você descansa rápido também. Então me aconselharam dar passos menores, sempre respirar fundo e andar devagar. Muito gente enjoa e tem ânsia de vômito, eu tive apenas dor de cabeça.

Que calçado usar…

É um trekking cheio de pedras, subidas e terrenos super irregulares. O ideal é uma bota com garras, aquelas de trilha mesmo. Usei minhas botas Ecosafety e me senti super segura, recomendo! Compre aqui.

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Como contratar a Inkaland Treks…

Sempre que precisei, entrei em contato por email. Quem me respondia era a Edita ou a Deysi, duas pessoas muito queridas e prestativas!

Website: www.inkalandtreks.com
Email: info@inkalandtreks.com
Telefone: (+51)  943332193 RPC
Skype: 
Inkaland.Treks

Quanto custa…

Fechei um pacote de dois dias de trilha (Pastoruri + Laguna 69) para duas pessoas. Incluia guia para as duas trilhas, translado do hostel até as trilhas, translado da chegada na cidade até o hostel, lanches e refeições. É um pacote privativo, com guia sempre a nossa disposição, respeitando nossos limites e nos acompanhando. O carro dos translados era uma caminhonete 4×4 (Hilux ou L200). Tudo isso nos custou U$147 por pessoa.

Vale a pena fechar um pacote exclusivo?

Sim! Muito! Fiquei muito feliz que nosso guia estava sempre ali dando aquela força. Ele sempre deixou bem claro que o tempo era nosso, a gente tinha que ir de acordo com nossas limitações. Vi muitas pessoas fazendo o trekking bem rápido porque tal hora o ônibus estava partindo, naquela pressão, sabe? E notei também bastante pessoas desavisadas, sem saber se estavam chegando ou sem saber se era normal estarem tão cansados. Sem contar que nosso meio de transporte era ótimo, uma caminhonete tracionada, e nossos lanchinhos preparados pela Edita eram deliciosos. Enfim… achei nosso pacote perfeito!

Angela, para de falar sobre a Laguna 69 nas redes sociais, por favor…

Não, hahahaha. Sério, depois desse trekking acho que consigo fazer qualquer coisa na minha vida. Meu esforço foi enorme e minha persistência foi muito massa. Fiquei orgulhosa de mim. E fui recompensada por aquele cenário lindo! Quem já foi tenho certeza que vai me entender e quem não foi TEM que ir 🙂

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– 10 dicas para usar melhor sua Gopro
– 5 dicas para diminuir o peso da mala
– 5 dicas para escolher o hotel ideal
– Como aproveitar ao máximo uma viagem
– Planejando os custos de uma viagem
– 8 dicas para comprar passagem aérea em casa

até a próxima

4 Comments

  1. Adorei o post do Peru, Angela…parabens…estou planejando ir em agosto de 2017, sim, somente ano que vem…mas pretendo visitar alem no Peru, a Bolivia…No Peru estou querendo visitar Machu Picchu fazendo a trilha Salkantay, sabe se essa agencia que voce fez Huaraz faz esse passeio?

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