Por que fazer intercâmbio?

Com 16 anos fui sozinha para Toronto, no Canadá, estudar em uma escola de inglês por 2 meses. Fui acolhida na casa de uma família incrível e hoje eu digo que viajar me tornou uma pessoa muito melhor. Hoje eu consigo conversar com pessoas de diferentes opiniões, costumes e idades. Tive contato com culturas que eu nunca imaginaria estar tão perto, como chineses, coreanos, árabes e turcos. É uma experiência única e quem já passou por isso tenho certeza que vai concordar comigo, hahah. Vou te dar motivos convincentes para você começar a guardar dinheiro e fazer um intercâmbio assim que a primeira oportunidade surgir!   

Você perde seus medos
Alguns pensam que pelo fato de serem tímidos e envergonhados, fazer um intercâmbio não é a melhor opção. Mas aí que está o grande erro, pois viajar é isso! Enfrentar os medos, pedir informações para pessoas estranhas, é ter amigos momentâneos (daqueles que você sabe que nunca mais vai ver na vida), é pegar o ônibus errado e no fim ficar feliz porque chegou no destino correto!Você se torna mais amigável
De duas uma: ou você faz amigos ou você fica solitário. Se você for para uma escola de idiomas, todos os estudantes daquele local têm como objetivo aprender a mesma língua, o que significa que eles podem ser intercambistas como você, certo? Certo! Então vocês estão na mesma situação, eles também querem começar novas amizades. Por isso, puxar uma conversa, qualquer que seja, pode de trazer futuro grandes amigos.

Você se torna mais confiante
Voo perdido, correria para chegar do aeroporto à estação de metrô na hora certa, atrasos, saber quanto dinheiro levar para passar o dia, planejar seus passeio a lugares desconhecidos, além de muito mais que isso! Olha quanta coisa você passou em um viajem. Aos poucos você aprende a lidar com situações inesperadas. Irritação e nervosismo passa a ficar de lado, você apenas aprende a mudar com tranquilidade seus planos. Aprende a respeitar culturas diferentes
Sabia que na Coréia do Sul é falta de respeito estralar os dedos na frente das pessoas? Meu amigo coreano ficou apavorado o dia que eu fiz isso em sala de aula. Mas então, de uma forma delicada, ele comentou que isso era falta de respeito no país dele. Eu pedi desculpas e no fim foi engraçado. Também tinha a Lucy, uma coreana muito querida que se preocupava comigo por eu ser tão novinha no meio de tantas pessoas desconhecidas. Ela tinha uns 40 anos e foi para o Canadá morar com o marido e com a filha. Mas na verdade, o nome dela não era Lucy, é que no país de origem dela, chamar uma pessoa mais velha pelo primeiro nome é falta de respeito, por isso ela adotou um nome canadense para que não se sentisse tão mal quando escutasse seu primeiro nome vindo de pessoas mais novas. Estão vendo? É um respeito mútuo. Eles se adaptaram e eu me adaptei também.

Seus assuntos ficam mais interessantes
Além dos milhões de assuntos que cercam nosso dia a dia, você vai ter um motivo a mais para conversar e comentar. Viajar te faz passar por situações diferentes do cotidiano, te traz experiências para contar. Além de que, quem viaja, gosta de conversa sobre o assunto. Principalmente quem já visitou o país que vocês foi. Você se descobre
Quando estamos na rotina, parece que tudo fica no piloto automático. Durante um intercambio, você precisa lidar a todo momento com improvisos, pois tudo é novo, e no fim você acaba descobrindo habilidades que nem você sabia que tinha. Você observa tantas coisas diferente, que passa a pensar melhor sobre quem você realmente é.

Você aprende a dizer adeus
É triste mas é verdade, dizer adeus dói. É comum ter amizades inesquecíveis e a pior parte é a despedida. Dependendo da amizade, você vai ter que cruzar oceanos para rever a pessoa, mas no fim você se acostuma. Hoje têm vários meios de comunicações que te deixam conectado com todo mundo. Mas também precisamos dizer adeus para lugares que fizeram parte das nossas vidas por um tempo determinado. No meu intercâmbio eu sinto saudade do caminho para ir para escola, da casa que eu fiquei e da cama quentinha e confortável que eu dormi por 2 meses. Também sinto saudades de comer donuts no Tim Horton’s e de tomar chocolate quente na lanchonete que tinha perto do prédio onde eu estudava. Sempre terminamos a viagem melhor do que quando começamos, e no fim, levamos para casa uma bagagem cheia de histórias para contar.

P.S.: (Esse texto já foi publicado no blog GNTB, que hoje não está mais ativado)