Manaus, Amazonas – com Ju Waterkemper

Esse dias eu estava de bobeira no Facebook quando eu vi uma foto da Ju Waterkemper segurando uma sucuri lá em Manaus, no Amazonas. Entrei no perfil dela e vi várias fotos legais, segurando filhotinhos de mico leão dourado, jacaré, bicho-preguiça, tendo contato com tribos indígenas e provando comidas típicas de lá. Na mesma hora eu fui conversar com ela e perguntar “Como assim? Me conta mais desse destino fora do comum!” Foi aí que ela topou compartilhar a viagem dela no Viajando em 3.. 2.. 1.. Ju, fica a vontade!

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Oi, gente. Estou aqui a convite da Angela para falar um pouquinho sobre a minha viagem pra Manaus. Na verdade, minha viagem pro Amazonas, a princípio, não tinha nenhum fim turístico, fui pra lá para apresentar um trabalho num congresso sobre desenvolvimento hidroviário, mas tentei aproveitar um pouquinho a cidade e dos pontos turísticos durante as minhas brechas.

Vou começar falando sobre as passagens e a viagem de avião. As passagens pra Manaus não são baratas, saindo de Porto Alegre fica em torno de R$ 1000,00 (ida + volta), maaaaaaas, existem nossas adoradas milhas e no fim das contas consegui comprar a ida e a volta por 18000 smiles + R$ 240,00. Agora sobre o vôo: na ida fiz conexão em Guarulhos, na volta em Brasília, se alguém quiser ir pra lá e puder escolher, faça conexão em Brasília, porque de Guarulhos até Manaus são quase 4 horas de vôo, bem cansativo. E quanto aterrissar lá, arrumem os relógios: é uma hora a menos que o horário de Brasília. Outra dica ainda nessa parte do vôo: se você mora em um lugar que faz frio, vá com uma roupa leve por baixo e com um casaco, eu saí de Porto Alegre de madrugada, estava fazendo 5 C, cheguei em Manaus com 42°C! E já estejam preparados com uma garrafa d’água, por que assim que cheguei comecei a me sentir mal por causa do calor e da umidade.

Agora vamos começar com a parte legal. Assim que cheguei no hotel, me arrumei e saí pra ir visitar o Teatro Amazonas. Ele funciona das 9h às 17h e tem tours em português, inglês e espanhol. A entrada com o tour (que é basicamente uma aula de história) custa R$20,00, professores e estudantes pagam meia.

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Manaus é uma cidade enorme, super urbana e tem várias opções para lazer e alimentação, eu fiz praticamente todas as minhas refeições nos shoppings, mas sempre preferindo restaurantes locais com comidas típicas (pra quem tiver coragem, tem vários botecos no centro da cidade que servem sopa de tartaruga no almoço, mas isso foi demais pro meu estômago haha).

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Primeira foto: Tambaqui (peixe comum do Rio Amazonas) + banana frita + baião de dois | Segunda foto: Suco de Cupuaçu | Terceira foto: Sorvete de Cupuaçu e Tucumã

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O maior shopping que eu fui lá foi o Manauara, tem várias opções de presentes e lembrancinhas (porém muito caras e você pode achar as mesmas no mercado municipal). Tem uma loja de chocolates típicos com frutas da Amazônia, trouxe vários chocolates e geleias de lá.


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Agora sim! Pracomprar lembrancinhas de Manaus, o melhor lugar é o Mercado Municipal. São várias barraquinhas de artesanato dentro de uma estrutura enorme! Tem de tudo: cocar, zarabatana, bijuterias feitas com sementes, cestos, arco e flecha, etc. De todos os preços e tamanhos, e ainda dá pra pechinchar, mas tem que ser tudo com dinheiro, a maioria das barraquinhas não aceitam cartão, mas tem um caixa eletrônico 24h bem na frente do mercado.

Agora a parte mais legal da viagem: o passeio de barco. Tem duas opções: ou você contrata uma agência de ecoturismo para fazer o passeio, ou você vai no porto (que fica bem atrás do Mercado Municipal) e contrata algum barco que faça o serviço! As agências de Ecoturismo cobram em média R$350,00 com média de 10 passageiros por passeio, no porto você consegue barcos que fazem o mesmo passeio por R$120,00 com média de 20 passageiros por passeio, mas todos vão sentados e há coletes salva-vidas para todos, também tem um guia na viagem. A principal diferença está no barco mesmo, esse que eu fui (contratei no porto) era bem simples.

Pois bem, o barco saia do porto as 9h, e aí já começa a diversão, porque afinal, com uma temperatura de mais de 40 graus todos os dias, um ventinho no rosto não faz mal a ninguém.

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A primeira parada é o encontro das águas. É uma das coisas mais incríveis que já vi, muito lindo! É o encontro do Rio Negro e do Rio Solimões, eles têm propriedades diferentes e por isso não se misturam. Nessa parte o piloto vai com o barco beeeem devagar pra você colocar a mão dentro d’água e sentir a diferença de temperatura entre os dois rios, o Solimões é bem gelado e o Rio Negro bem quentinho.

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Depois disso seguimos para uma comunidade de casas flutuantes, muito legal, tem uma escola nesse lugar, onde todas as crianças de comunidades indígenas que moram em regiões perto dos rios frequentam. Uma coisa interessante é que lá também têm casinhas flutuantes para os cachorros, para eles avisarem da chegada de cobras, que são bem frequentes por lá.

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A próxima parada é uma feirinha flutuante, lá além de comprar artesanatos indígenas você faz interação com alguns animais. A maioria são filhotes que depois são soltos novamente na selva, os índios vão oferecendo os bichinhos para você tirar foto, R$5,00 por animal. O bicho-preguiça é a coisa mais fofa do mundo! Dá vontade de levar pra casa. O mico é bem brabinho, tentou me morder umas duas vezes. A sucuri e o jacaré são bem quietinhos, e a pele deles muito macia.

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Bicho-Preguiça e Jacaré-Açu
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Sucuri e Mico Leão

Perto da 13h é feito uma parada pro almoço (o almoço normalmente está incluso no pacote) num restaurante flutuante que serve comida típica. Pra todos que pretendem ir pra Manaus eu digo: provem o pirarucu! É o melhor peixe que já comi, melhor que tainha kkkk.

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De lá seguimos para um lugar mais afastado do Rio Negro, onde fazemos a interação com os botos cor-de-rosa. No trajeto até lá eu fiquei maravilhada com a largura do rio e a beleza da linha de selva.

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É importante eu falar pra vocês que os botos estão soltos no rio, nem sempre eles aparecem. Tem uma casinha onde uma tratadora faz uns movimentos na água para chamá-los. Por sorte, quando eu fui apareceram dois botinhos, um foi lá pegou um peixe e saiu saltando pelo rio, o outro ficou lá e comeu uns dez peixes (me identifiquei com esse hahaha). A GoPro aqui é super útil.

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A última parada, e aí você já vai estar morrendo de cansaço, é numa comunidade indígena. Lá você vai assistir danças e rituais de boas-vindas das tribos tucanas. Também vão chamar os turistas pra dançar.

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E finalmente o barco segue de volta para o porto. O passeio vai, normalmente, das 9h até as 17h.

Agora algumas dicas sobre a cidade num todo:

  • O táxi é caro, procurem um hotel que fique perto do que você vai fazer lá.
  • Muita água e protetor solar. Lá é ridiculamente úmido e quase nunca baixa dos 40 graus. Além disso, a proximidade com a linha do Equador deixa a insolação bem mais agressiva lá.
  • Não vi mosquito por lá, mas é recomendado tomar a vacina contra febre-amarela e a anti-tetânica, já que outro animais também podem transmitir coisas indesejadas.
  • Tem muita opção de ecoturismo lá, é só pesquisar antes no google as agências e os preços. Fiquei com muita vontade de conhecer as cachoeiras de Presidente Figueiredo, mas não tive tempo. Também tem muitos zoológicos por lá.

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Adorei Ju!!! Eu nunca pensei em fazer uma viagem para Manaus, confesso que me surpreendi com tantas coisas legais que fizesse por lá! O contato que tivesse com a natureza foi incrível, tenho certeza que essa viagem se tornou inesquecível pra ti. Ahh, e volte sempre por aquiii 😉

Dica: O blog Sthe on the Road tem um post completo com roteiros de Manaus, confira.

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